Olá Fufubelezas, tudo bem por aí?
Lá em março/abril eu comentei que tinha adquirido um cooktop de indução e que queria fazer mais testes antes de falar dessa tecnologia. Eis-me aqui, digníssimas.
Antes de tudo, acho pertinente mostrar os 3 modelos deste produto mais comuns no momento e diferenciá-los.
Gás
Bem parecido com os fogões tradicionais, eles são alimentados por gás (GLP ou Natural) e tem a chama de 1 até 5 bocas com diferentes potências.
Reconheceu? Então eles são os mais baratos na hora de adquirir, porém quando se procura modelos com dispositivos de segurança, chama tripla e alta performance, eles se equiparam aos modelos elétricos ou de indução. Se você optar por um produto a gás, ele terá essa “grelha” onde a gente apóia as panelas e uma dica é: verifique a estabilidade delas. A maioria das opções hoje deixam a desejar nesse quesito. Na hora de mexer a polenta e sua panela virar uma integrante da ala das baianas do carnaval do Rio de Janeiro, você vai lembrar de mim. Caso encontre, opte por grelhas robustas como essa:
Elétrico ou Elétrico vitrocerâmico.
Esse é aquele modelo que deu certo, mas não muito. Ele é mais eficiente no controle de calor, tem uma resposta mais rápida e não corre o risco de vazar gás, porém não é de grande eficiência em prevenção de queimadura – é basicamente uma resistência, como a dos chuveiros, então ele aquece o vidro, que aquece a panela, que cozinha a comida. É bem provável que já tenha visto algum na televisão, ou em filmes. Ele é um vidro que fica vermelhinho:
ou então umas rodelas estranhas:
Como eu estou falando tanto de performance, deixa eu exemplificar quantos minutos são necessários para ferver 2 litros de água em cada um deles:
CookTop Elétrico 15:24
Cooktop a Gás 11:22
Cooktop Indução 8:20
Eu acho fascinante meu café ficar pronto 3 minutos antes. Dá tempo de fazer um miojo com a diferença.
Agora vamos falar do protagonista dessa matéria. Quem é, como são, onde vivem e porque sim ou porque não você deve tentar um…
Cooktop de Indução:
Como esse nenê funciona: Dentro dele tem uns trelelê de cobre, que tem umas bolinhas. Essas bolinhas são magnéticas, muito queridas de materiais tipo ferro, aço inox… então quando você coloca uma panela sobre o vidro e liga ele, acontece uma hola olímpica…
…Acontece o quê? Aquela festa louca de quando a gente encontra uma super amiga e coisa e tal. Muita fofoca pra por em dia, muito abraço, grito e risada. Aí o resultado é o que? Um calor lascado dentro da panela. É um fogo de amor, entende?
Cientificamente eu deveria dizer para aqui que: A eletricidade quando ligada passa através de uma bobina formada por uma peça de cobre que exibe ímãs em sua porção posterior, e esta ação gera a formação de um campo eletromagnético. Quando um recipiente com propriedades ferromagnéticas está junto a este campo magnético, suas moléculas de ferro tem uma reação de movimento rápido algo em torno de 20.000 a 50.000 vezes por segundo, criando fricção, que resulta em calor na panela. É tão incrível que onde não tem panela, não há calor nenhum.
Mas eu achei que a minha versão daquele suador louco de quando a gente encontra as amigas muito mais explicativo.
Deixa eu explicar que nas primeiras tentativas de uso, tudo carbonizou. Realmente o moço da indução é bem forte mesmo.
Eu comprei para testar um modelo portátil, 110V que tem uma beiça só. Era para ser da Eletrolux mas a Casas Bahia fez uma palhaçada comigo, eu dei um piti de consumidor e acabei ganhando um up-grade para um Brastemp:
Meu conselho para a vida: LEIA O MANUAL. Até de algo que você já conhece e costuma usar, LEIA O MANUAL. Sempre aprendemos alguma função nova. Esse modelo compacto que eu tenho me ensinou muita coisa, por exemplo:
- Não deixar água “empoçada” sobre ele;
- Não usar panelas menores do que 13cm de diâmetro;
- Não usar a potência máxima se não for para selar carne ou outras situações específicas;
- Usar o timer de desligamento;
- Distâncias necessárias para não superaquecer o “motor”…
Minha mãe no início não curtiu muito. Dizia que a panela ficava “solta”, que escorregava e que era complicado. Porém, mão de vaca como eu que ela é, resolveu no dia 7 de Maio desligar o gás e fazer o teste de um mês. O teste acabou 7 de Junho, já estamos em Agosto e nunca mais o gás foi religado.
Diferente do preparo com chama, os cabos das panelas não ficam quentes. Isso permite que você manuseie tudo com mais tranquilidade. A cozinha não fica quente, os alimentos ficam prontos mais rápido e ela tem se virado muito bem com uma boca só.
Uma questão a ser explicada é que, o cozimento por indução só acontece na panela. O Cooktop e o vidro não se aquecem , em teoria. Na verdade o vidro aquece um pouco, mas é a bundinha da panela que deixa ele quente, não ele que esquenta a panela. E é por isso que é necessário um tipo específico de panela para que a mágica aconteça.
Sempre fui do tipo pobre metido, sabe? Então quando comprei as panelas aqui pra casa – muitos séculos atrás – eu já escolhi um jogo de ryco:
Exatamente esse, com leiteira e escorredor de macarrão. Este segundo levamos para o salão de festas do prédio e esquecemos lá, no dia seguinte ele havia desaparecido. Porque né, pegar algo que não é seu num salão de festas aparentemente não é roubo aqui nesse condomínio. #indignado
Voltando para a parte intrigante: A panela precisa ter o fundo reto e ser ferromagnética, e para descobrir se as suas são, é só pegar aquele imã de geladeira de Porto Seguro e colocar na bunda da sua caçarola. Se grudar, ela serve para indução e você pode ir para a vida moderna sem grandes mudanças nas panelas.
Apesar de ter esse jogo, nos faltava uma frigideira anti aderente que funcionasse na indução. Aí, acabei comprando uma por R$ 199,00 o que eu achei um absurdo. Mas ela é imensa.
Agora indo para a parte mais séria, realmente eu me sinto muito mais seguro não tendo fornecimento de gás em casa. Amo que se você tirar a panela de cima do fogão ele dá 3 apitos e desliga sozinho. Adoro que as coisas ficam prontas mais rapidamente e de forma mais uniforme. Limpar o cooktop mesmo que tenha caído molho ou feito alguma lambança leva segundos. Juro para você que em segundos ele tá limpo. Como não tem chama o que quer que seja que derrame não seca, não queima… só fica ali, esperando uma esponjinha e um pano.
Na relação valor do gás x energia elétrica, a indução ganha por centavos. Mas também depende dessas políticas de bandeiras, porque o mês que eu comparei tava no amarelo, não no verde.
Achei esse tema muito relevante, pois em grande centros, como SP, RJ e outras grandes capitais já existem muitos prédios, desses minúsculos que eu odeio, onde já é proibido o uso de fogões a gás. Até aqui no calcanhar do Brasil já tem algumas obras onde os bombeiros não liberaram o uso de gás.
O que ainda pesa é o valor inicial, pesquisando por preço, o valor inicial de Indução é R$ 1.500,00 e o a gás é R$ 285,00 – pesquisei os modelos de 4 bocas simples – somando as panelas de ryco, sim é um investimento que deve ser programado. Mas que pela segurança de crianças por exemplo, já que a indução tem travas e menos probabilidade de queimaduras EU que nem criança tenho, vou trocar oficialmente para indução.
Caso tenham mais dúvidas, deixa nos comentários que eu respondo.
E um super viva para a patroa que juntô su cepillo!
Muita felicidade para vocês na jornada nova mi reina.
#Bença!