Futilish

Mi casa, su casa – Poltrona do Papai

NHAE leitoras and leitores! tutupom?

Esse post foi uma sugestão da Fany, leitora que me acompanha aqui desde o comecinho.

Obrigado por ler a gente! <3

Sei que no post anterior eu falei sobre encolher os espaços e desfazer-se de ambientes que não tem uso. E neste eu chego promovendo um móvel que nem todo mundo acha importante. Vejam bem, o Downsizing, não é meramente metragem, é cortar excessos inúteis. Se você tem e usa uma biblioteca, um escritório em casa, não é para mudar para um lugar onde você não tenha esse espaço. Desfaça-se do quarto extra que ninguém usa, ou da piscina que era só para as crianças… coisas que perderam o sentido.

E algo que para mim, tem sentido (mesmo não sendo pai) é uma “poltrona do papai” então #vemkotio falar disso:

Se você procurar esse termo no gúgôw, acabará encontrando uma infinidade de cadeiras demoníacas de feias que vão traumatizar seus olhos e a farão correr de braços abertos feito a noviça rebelde gritando: “Me leva Jesus!”

Então vamos manter a moral, os bons costumes e desmembrar essa busca de uma forma que a aquisição dessa peça não culmine em um provável e legitimado divórcio.

O grande trunfo destes assentos é que ele eleva as patinhas do usuário, trazendo um conforto “incomum” principalmente aos homens. Aí o que era horroroso, ainda consegue piorar:

Caso você tenha um espaço como um home theater, uma biblioteca ou no próprio dormitório, onde você possa colocar esse modelo, ele pode não ser tão desastroso. Contudo se o jeito é colocá-lo na sala, aí precisamos por a mão no coração e escolher um modelo esteticamente melhor. Nenhuma decoração que não seja uma ode aos anos 80 consegue ter essa coisa no meio e parecer legal. Dá até pra ouvir ao fundo: “Xu-xu-xu, xa-xa-xáááá, é um jeito novo de se dançar…”

Lembre-se o principal é que ela seja confortável, e para isso precisamos que – seja lá qual for sua opção – o modelo escolhido preencha 3 requisitos:

  1. Apoio de cabeça. Ninguém relaxa sem ter onde recostar o cabeção;
  2. Pés elevados. Deixar os pés levemente elevados faz com que a circulação flua melhor e o corpo descanse melhor. Não necessariamente esse apoio precisa estar integrado na peça principal;
  3. Tronco reclinado. Assim como os chulés para o alto o tronco delicadamente inclinado trazem conforto extra.

Facilitei? Acho que sim. Fiz uma seleção de modelos para mostrar aqui. E vou falar um pouco sobre eles.

Vou começar com os itens que seriam legais para quem quer usar essa poltrona na sala principal de casa.

Esse modelo, clássico, chic-vovô apesar de não ser muito alto, você pode escorregar o corpinho e apoiar a cabeça também, permite ter uma peça de conforto e bonita em qualquer sala. Pode despirocar no tecido e fazer ela combinar com basicamente qualquer sala de estar. O pufe também pode servir como assento extra em dias de confraternização e até ser um modelo que esconde um bauzinho, onde eu guardaria aquela mantinha gostosa para me cobrir no inverno.

Agora umas peças contemporâneas:

A principal característica dessa “contemporaneidade” são as linhas mais limpas, retiramos aqueles calombos todos das opções mais comuns no mercado. De novo, elas permitem ser estofadas em vários tecidos diferentes e se adaptar ao estilo que você preferir.

Alguns designs consagrados também podem ser usados com essa finalidade, como a Eames Chair:

Desde que esse desenho caiu em domínio público, surgiram peças com valores atrativos, mas os originais seguem custando muito dinheiro. Apenas, por favor, não cometam o sacrilégio de usar as versões Frankenstein desses produtos. Eu vejo arquitetos colocando esse modelo de cadeira para uso em mesa de trabalho. Para isso, colocaram rodinhas na poltrona, estreitaram a largura, ergueram a altura do assento – que era para relaxar, não para alcançar a mesa – olha, a sorte é que eu não sou ninguém na fila do pão, porque se eu tivesse alguma voz no mundo da arquitetura e design, eu revogava os registros profissionais e fechava as fábricas que tivessem produzindo essas monstruosidades. Se você tiver estômago forte poder vislumbrar essa desgraça clicando AQUI.

Um ponto a levar em consideração é que pessoas altas podem ficar com a cabeça pendurada nesse modelo, e aí não seria tão relaxante usar uma dessa. Entretanto sempre vale o truque de dar uma escorregada para baixo e apoiar o cabeção.

Peças únicas, porque nem todo mundo quer ter a poltrona separada do pufe:

Essa chaise em couro acima é uma releitura da “La Chaise” que (adivinhem) também é um desenho de Charles e Ray Eames e acaba de amolecer meu coração. Meu coração já batia feliz ao ver a original, que sempre esteve na minha lista de desejos:

Outra opção, que inclusive é um clássico de Le Corbusier, é a Chaise LC4 lançada em 1928 e que tem um desenho que segue as curvas dos corpos ergonomicamente deixando a gente em estado de pura paz:

Eu tive o prazer de experimentar uma original dessas e eu juro pela minha mãe: Tem camas que não são tão convidativas e confortáveis quanto essa chaise. Também é um design que já caiu em domínio público então não é necessário desembolsar 35 ou 40 mil reais pela original. É possível encontrar boas opções na faixa de 3 mil tirinhos. A única coisa que eu vou pedir aqui: Se for comprar uma dessas, ou é couro de verdade, ou é tecido, combinado? Nada de plástico imitando couro.

No mercado Brasileiro, uma marca se destaca e eu não deveria divulgá-la aqui porque ela não nos paga.  Porém é impossível falar desse assunto sem comentar sobre a Re-Vive, da italianíssima Natuzzi.

Sim, é a mesma lá de cima, com a mocinha ilustrando o reclinamento do produto. Ainda que seja uma das melhores poltronas onde esse meu bumbum celulitoso já foi recostado, ainda que o couro seja dos deuses e que ele não requeira nenhum tipo de manutenção eu não vejo o motivo dessa peça ultrapassar o valor de R$ 20.000,00.

Então estamos exibindo ela aqui sim, porque existe pessoas com poder aquisitivo para comprá-las, amém, me contratem, MAS ela está fora da realidade da maior parcela da população mundial. Um cliente meu comprou em troca de showrrom, com 60% OFF e aí até que ficou razoável. Aproveitando, vamos rir das propagandas insolentes desse produto:

Contem pra mim: Seu homi chega em casa cansado do trabalho e se joga assim na-tu-ral-men-te na cadeira com a camisa e o blaser impecavelmente passados? E com o sapato assim estéril de tão limpo?

Não se preocupe, a produção de marketing da Natuzzi pode aprimorar as definições de confoto e espontaneidade para propagandas:

Quem nunca tirou uma soneca e cabeça para baixo, né gente? Batman que o diga.

Seguimos que o post tá longo.

Tem poucas coisas que eu posso ser exibido, então gostaria de pedir licença para a Fufulândia, porque eu tenho uma cadeira de papito, e não adianta:

NÃO TEM NO BRASIL MENINAS! HAHAHAHAHHAHAH

É uma Setu Lounge Chair, da Herman Miller. Aproveitand0, caso more fora do país, ou queira importar um móvel desses, eu sugiro buscar como “lounge chair with ottoman”

Ela é super clean, tem um sistema de reclinamento insspirado nas vertebras humanas, produzida com material reciclado e 98% reciclável, levíssima graças ao estofamento em tela tensionada. Outro pró da tela é que ela ventila super bem então em regiões quentes é super agradável passar muito tempo sobre a coitadinha. É um produto que tem valor elevado, porém de grande durabilidade, só de garantia estamos falando de 12 anos. E que eu só pude adquirir pois trabalhei com o importador direto no Paraguai e aproveitei a oportunidade de pagar muito, muito, muito menos até do que o preço que ela é divulgada hoje em dia em sites americanos.
Agora quero mostrar umas opções motorizadas, que fazem massagem mas que eu indico para quem tem um segundo ambiente para colocar uma peça dessas.

Somos matéria e perecemos, então vai que no futuro, ou mesmo atualmente, alguém da sua família precisa se algum tipo de estímulo. Ou então algum atleta, são muitas as possibilidades de se precisar recorrer a um assento que te estimule. As cadeiras com massageadores poder ser até indicações de ortopedistas e elas foram criadas como evolução da cadeira do papai:

Só queria que eles se preocupassem também com a estética desses produtos. Ajuda a gente vai!

Obrigado por quem acompanhou esse post imenso! E desculpe também por tomar tanto tempo, mas vejam que eu divaguei o mínimo possível.

Comentem o que vocês acharam.

#Bença!

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