Futilish

Chora Que Eu Te Escuto!

Dia de Choradeira no Fufu! O que temos?

Chora 01 – Angélica

Oi Cony!

Já acompanho o blog tem muito tempo e inclusive participei do Chora há uns anos atrás pedindo conselhos sobre minha carreira… Mas desta vez queria mesmo era abrir meu coração.

Vou tentar contar de forma resumida…. Acontece que nunca consegui namorar com ninguém, muito menos ir em um encontro ou coisa do tipo, e isso chegou em um ponto que passou a me incomodar de verdade. Antes eu tentava não pensar muito nisso, só que cada vez mais tenho refletido pra tentar entender se existe um jeito de mudar isso.

O problema é que sempre me interessei por diversos caras e me apaixonei pra valer ao longo dos anos, mas nunca foi recíproco. Eu sempre acaba sendo rejeitada e isso aconteceu repetidas vezes. Muito raramente algum homem se interessava por mim, o suficiente para contar na mão quantos foram, e por não estar acostumada com isso e ser muito desligada, eu só ia perceber muito tempo depois que deram em cima de mim. Conclusão… Com isso tudo acabei ficando sozinha.

Isso e outras coisas que foram acontecendo com o passar dos anos mexeram muito como a minha auto-estima. Ver todas as minhas amigas namorando, menos eu…  Ouvir  de “amigos” e até mesmo de parentes próximos que se eu fizesse uma plástica pra mudar o nariz e colocar silicone nos seios, ou se eu entrasse na academia e ganhasse mais corpo, eu ficaria bonita e quem sabe aí eu arrumaria um namorado. Claro que “conselhos” desse tipo também não ajudaram em nada, porque fizeram parecer que eu realmente não era boa o suficiente como eu sou, e fizeram com que eu me sentisse ainda pior.

Então depois dessa série de rejeições e com uma auto-estima não lá muito boa, basicamente coloquei na cabeça que isso de ter um relacionamento era impossível pra alguém como eu, e que nenhum homem vai querer sair comigo. Ao ponto de quando as pessoas perguntam se eu tenho namorado, eu achar a ideia no mínimo sem sentido e bem absurda.

Agora estou morando fora do Brasil, e antes de vir minha mãe e algumas amigas falaram “tomara que você conheça algum cara legal lá”, “espero que você arrume um namorado gringo” e por aí vai. Eu claro, rechacei completamente essa ideia. Apesar de que no fundo eu tinha uma pontinha de esperança de que em outro lugar, com pessoas diferentes, as coisas fossem mudar, mas no fim elas elas continuam na mesma. Mesmo aqui do outro lado do Atlântico nenhum cara se interessa por mim, continuo sozinha e eu estou cada vez mais incomodada com essa situação toda. Queria realmente estar errada, sabe? Que não fosse algo fora da minha realidade ter um encontro, conhecer alguém legal que gostasse de mim também… Só que realmente não parece possível.

Queria conselhos de como mudar e sair dessa situação, porque não sei bem o que fazer. Obrigada por abrir um espaço para gente desabafar e pelos conselhos sempre sinceros. 😉

Olha só, quando a mesma situação se repete, se é algo constante na sua vida, mudando as pessoas, os lugares e continua acontecendo, pode saber que o fato causador de tal situação, é você. Algo que você faz, bloqueia a aproximação alheia. Ou ainda, ela pode até existir e você não percebe. Antes de procurar externamente, você tem que procurar internamente, se conhecer, se gostar, se cuidar, se mimar. Seja a pessoa que você gostaria de conhecer!!!! E não se feche, não se sinta derrotada sem ao menos ter tentado lutar. Acho que uma terapia iria bem viu, alguém que te ajude a vasculhar dentro de você e descobrir o porque desse “isolamento” afetivo.

 

 

Chora 02 – Mara

Acho que a minha questão nunca foi abordada nos Choras: gravidez solo!

Tenho quase 39 anos, estou terminando de pagar a minha casa, tenho um emprego estável, um vida confortável.. Até ano passado tinha certeza de que não queria ter filhos, mas de repente algo mudou… Hoje, quero muito! A questão é que sou solteira. Sem nenhuma perspectiva de relacionamento, o último que tive, se é que posso chamar assim, foi com um cara casado, durou dois anos e acabou ano passado quando resolvi que queria engravidar. Não cheguei a falar do assunto, simplesmente me afastei. Até porque era uma situação bem incomum na minha vida (um inferno, pra ser bem realista). Nunca fui de assumir relacionamentos sérios e ando desanimada até de tentar conhecer pessoas novas. Por outro lado, gostaria muito de ter um filho numa família estável. Mas, isso parece bem longe da minha realidade e a idade está chegando. E iria um tempo entre conhecer alguém, estabelecer um relacionamento e engravidar. Sem contar que boa parte dos homens disponíveis da minha faixa etária não querem mais filhos porque já tem de casamentos anteriores. Tenho pensado muito na possibilidade de fazer uma fertilização in vitro… Mas, não sei como seria isso no futuro… Se não iria ter cobranças por parte da criança sobre essa opção, porque, às vezes, me parece que estou escolhendo não dar um pai para ela. Por outro lado, também penso que posso estar abrindo mão da possibilidade de ser mãe. Tenho medo de ficar esperando as condições perfeitas e deixar passar a oportunidade…

Hum… complicado hein? Hoje em dia é bem comum a maternidade tardia, BEM tardia se comparada a antigamente. Muitas mulheres pensam primeiro na carreira e só depois em filhos. Eu te aconselharia a congelar óvulos e dar um tempo, a vida é tão louca, tudo acontece tão de repente, que é bem capaz de você fazer fertilização in vitro, achar o homem da sua vida no dia seguinte e bolar sua cabeça. Calma. Congele óvulos e espere um pouco. Não sei quanto tempo mais. Mas se a vontade de ser mãe for maior que tudo, já coloca o plano pra funcionar e encara uma FIV!

Chora 03 – Dani

Vamos ao meu caso. Vou resumir. Namorei 9 anos, terminei (término difícil que eu achei que ia morrer), pouco depois conheci uma pessoa incrível e sensacional que aguentou o meu pior lado. Na fase em questão eu estava vida louca de tudo e ele me amou sabendo do meu passado tão presente e encarou a fase louca da vida. Eis que viver as vezes é a arte do imprevisto. Meu querido tio foi diagnosticado com câncer no início de 2017. Minha família é doida, mas ninguém falta e todos sentem essas coisas e fazem o melhor. Então a doença dele melhorar muito a família e o meu lado farra sumiu. Eis então que estão outro tio, que tem esquizofrenia aparece com um câncer na bexiga tb, mas o dele foi resolvido com cirurgia. Então para completar minha vo aparece com câncer de mama em estado avançado. O câncer da minha vó acabou comigo e eu não quero ser pra ser a Dani baladinha, pq eu quero ficar tranquila. Curtindo esse fim de vida e sei lá.  Paralelo a isso fui promovida em uma nova área que não posso muito me dar o luxo de sofrer. Não que eu não saiba separa as coisas, mas acho essa do convívio diário e não saber das pessoas muito estranho.
Enfim, mas a verdade é a vida está um pouco pesada sabe?eu e meu namorado trAbalhamos na mesma empresa e Tem tantos amigos de golo que da preguiça. Eu sou a caseira, que gosta de dormir. Estou com dificuldades pra conciliar todas as coisas.

Não entendi nada. Se alguem entendeu, por favor responda porque não achei o X da questão.

Chora 04 – Eliana

Oi, Cony!

Preciso dizer que TO TÃO FELIZ QUE VC REABRIU OS CHORAS! Menina, preciso dizer que te sigo por aí há uns bons 8 anos, viu? Seu blog é sensacional e eu acho o máximo a sua postura realista das coisas. Pois bem, acabei de ler o chora fictício da Jen e pensei na minha história.

Eu não tenho 49 anos e nem sou milionária e acabei de me separar, calma. Vamos lá! Tenho 27 anos, sou bancária e atualmente faço mestrado na área que eu fiz a graduação, e, diga-se de passagem, sou apaixonada por tudo isso. Até aí tudo ótimo, né, vida profissional tá ‘sob controle’. Pode melhorar, mas já to resolvendo isso, hahhaha.
O PROBLEMA É: relationship.
Eu namorei pela primeira vez na vida com 15 anos, fiquei 3.5 anos com esse meu primeiro namorado e a gente tinha planos de casamento e tudo mais. Mas aí eu entrei na faculdade, mudei de cidade (sou do interior e vim cursar na capital) e, como meu ex é quase 8 anos mais velho que eu, eu pensei: rapaz, eu ainda tenho mta experiência pra viver que ele já viveu. Eu QUERO viver tudo isso. Pois bem, terminamos.
Foi um chororô (por parte dele e da minha mãe, que me chamou de coração
gelado à época, graças a Deus eu não fico com ninguém pra satisfazer só à pessoa ou pra deixar alguém feliz. Se eu não to feliz na relação eu racho fora). Eu fiquei foi ótima depois do término. Hoje somos amigos, mas naquela época foi um pouco complicado por que eu terminei ‘do nada’. Eu me incomodava com algumas coisas, mas tenho dificuldade de me expressar e falar sobre meus sentimentos (oi, psicanálise. já to fazendo, não se preocupa!). Hoje já consigo expressar um pouco mais.
Enfim, o drama começa justamente após o término.
Depois dele, que aconteceu há 9 anos, eu só tive um relacionamento sério, que durou, entre idas e vindas, 1.5 anos. Mas esse foi o relacionamento mais problemático da minha vida. Sofria abuso psicológico a todo momento, foi uma época horrível. Deixei de fazer meu mestrado na época por conta do ex, enfim, me anulei em prol dele. Mas consegui me libertar, amem! Porém, ele conseguiu me quebrar realmente e tento juntar meus caquinhos até hoje.
Nesse ínterim (o primeiro término e até hoje), tirando esse relacionamento problemático, eu não consegui ficar mais que 3 meses com ninguém.
Ninguém, Constanza. 
Eu costumo dizer que o clássico da minha vida é: o cara me conhece, me acha o máximo, convive comigo, me conhece de verdade, e foge, sai correndo, não sei. Sei que todos eles se vão. Sem o menor motivo claro e sem ‘terminar’ comigo. Simplesmente somem da minha vida.
Meu último relacionamento, se é que eu posso chamar aquilo de relacionamento, começou e terminou em 2018. Foi com um cara que conheço desde 2015 (conheci logo antes do embuste abusador) e que sempre foi apaixonado por mim, segundo ele mesmo. Mas eu não sabia e nós desenvolvemos uma amizade legal demais, que eu tinha medo de estragar se ficasse com ele. Pois bem, depois de muito refletir e concluir que se tivesse que dar errado, daria, e finalmente ceder a ficar com ele, foi sensacional, né? Tudo combinava, foi ótimo. Na primeira semana. Onde ele me chamou de namorada pros amigos dele, chamou a mãe dele de sogra. Enfim, tudo caminhando para algo que seria estável depois de algum tempo, né?
E aí, o que aconteceu? PÁ! O clássico ataca novamente.
Ele sumiu, Cony. Sem nem deixar rastros. E postou várias coisas sobre “ter se apaixonado no carnaval” no twitter. O que me fez, instantaneamente, deixar de segui-lo lá e em todos os lugares. Não quero essa pessoa perto de mim nem a pau! E ELE TEVE A CARA DE PAU DE VIR ME CUMPRIMENTAR NUM BLOQUINHO EM QUE AMBOS ESTÁVAMOS, NO CARNAVAL! DEPOIS DE FICAR MAIS DE 15 DIAS SEM NEM DAR SINAL DE VIDA!!!!!!!!!!!!!!!!!! Isso pq nos falávamos o fucking dia inteiro.
Minhas amigas ficaram uma fera com ele por ter feito isso comigo, eu to rezando pra que ele não venha falar comigo nunca mais, pq se ele vier, ele vai ouvir coisas que não vai gostar MESMO.
Eu sei que o problema é com ele, e não comigo, mas olha, depois de TANTO relacionamento ter exatamente o mesmo final, eu começo a pensar se realmente o problema não sou eu.
Queria saber o que você e as meninas acham disso, Cony. Confesso que to bem triste com esse círculo vicioso na minha vida amorosa. 🙁 Obrigada, lindona! um beijo!

Sim, bem provável que o problema esteja em você. É o que falei com a moça do primeiro chora. Quando algo se repete muito, pode saber que é você guiando a historia e fazendo com que isso aconteça repetidamente. Algum comportamento seu faz com que todos seus affair se afastem depois de um tempo… o desafio é saber O QUE VOCÊ FAZ para que isso aconteça. Tem alguma coisa, com certeza. Passe a analisar seu comportamento com eles!

 

 

Sair da versão mobile